olhar no olhar
que te repensa convergido
recolhe as tuas passagens
no relâmpago da vida
nos clarões que desvelam
coisas queridas
coisas temidas
sem encenação
sem os ensinamentos
se ajunta e filtra na areia
alma pura
terna ou má
animada e apreendida
alma que é fera
que sabe responder
pois sua língua saliva
molha
alma sua
imponderável onde habita
onde repousa
onde se comprime
onde se esconde e se guarda
exala seu vapor
sua neblina
nos horizontes da carne