Que seja...
Um mundo que se conspira com requintes de algo justo
De portas abertas para entrar
O bom, o mal, o falso, o perverso e a esperança...
Junto com poeira, e algumas folhas secas
Entrar na casa vazia da cidade
Entrar no jogo
Entrar na mesa
Entrar no pão e no pano de chão
Vestir-se de imagem e dar-se por satisfeito
Na cena da obrigação
Com o escudo, por direito
Sem espelho, por necessidade
Recoberto das malhas de tramas que cobrem a carne e as manchas da pele
Armadura da nulidade, por necessidade
Que seja o que não é
O que institui como vagão em movimento
Carga e destino, que nem sei, destes convidados
Que não sabem que apenas os sentidos é que podem se fartar
Que o corpo é toda sua vida possível
Toda carga que é sua, apenas
O nu, todo seu
Mas, que seja assim mesmo
As voltas dessa tonteira
Só não me vistam dessa vontade
Não me cabe nem me diz como me dizem os desatentos
Os que vivem nus e não sabem
O velho trabalhador e sua terra vermelha
Os relevos de seu rosto
Os des-infantes
O vendeiro pobre que me serve a bebida à beira da estrada
Lá onde fica o banco, à beira da estrada
Exposto ao tempo e onde o tempo parece não existir como o sentimos
È tudo que preciso
O lado de fora
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