Nossas mãos não carregam bombas
Para as olharmos e imaginarmos serem zeppelins
Como peixes flutuando no mar azul
Nadando sem rumo e sem causa
Nossa casa nos conforta
E suas paredes não são trêmulas
Nem se rompem sobre nossos corpos nus
Para vermos o lado de fora
Nosso dia se divide em partes boas
Como dividimos o pão que não nos falta
Nem misturamos o sol com a noite
Nem o sonho com o pensamento
Nossa vida é leve e boa
Mas não tão leve quanto os anjos
E suas penas inúmeras
fazendo brisa no rosto do menino