Estendia-se por todo céu
Em neblina
À rua, descoberto, ouvia a canção francesa num jeito blues
Estranhava tudo e cada justa coisa
Obviamente como deve ser cada coisa
Imperiosa e indiferente
funcionalidades tantas
em tantas coisas
em tantas coisas
e sempre a falta essencial
de uma estória que as conte
e as inclua como cenografia
sem deixar de lado a menor das coisas
mas ainda ali
no inverso da vontade
por todos cantos vasculhados naquela noite
competindo com as infindas gotas sem sal
olhar apertado
o canto se extinguindo um pouco para fora daquele lugar
Não era a versão que preferia
Mas era a canção
Não é assim que se deve viver
Mas é assim a vida...
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