serra e vale
corpo do chão
adentram pelos olhos neste caminho
num tempo eterno
pontos brancos de lírios
se abrindo entre as folhinhas verdes
primeiros flocos de neve no sertão
na gruta junto à cancela
castelos de cristal e mica dormem
até que um conto, ao pé da fogueira
os desperte em noite de breu e pingos de estrelas
lá botarei um banco de madeira
pra ver na água os reflexos
que me escondem do outro lado
útero do tempo que me renasce
e me devolve o olhar de criança
pois somente sendo pequeno é que se cabe nesse berço
casa da minha casa
te beijo com meu sorriso...
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