mudaram as paredes, a terra e o piso que refresca os pés
mudaram os rostos e os olhares, sem pedir licença
sem atenção ao meu costume, assim, de vez
sem caber o cenário desta peça inacabada
cada tom de cor e forma que me rodeava
lado de fora que me guiava
agora é dentro a se esconder do mundo
é livro na estante confundindo as palavras que se juntaram
de uma e outra página, nesse espaço mínimo sobreposto
e que fazer com o novo vinho se a taça está ainda plena
ou com os caminhos que sei andar de olhos fechados
o tempo em marcha insiste tanto agora em me despir
e um arrepio de seda desliza em minha pele
a incerteza flui, gravita sob nova ordem
até que se torne íntima
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