Me liberta...
Dessa coleira dos dias
Desses dias de cólera
Que não me suportam esse costume meu
Me dá o tempo
Da vida desacostumada
De cores sem formas
De pedra e folhas verdes
Vida entre as ruínas
Heras retorcidas
Laureando colunas rotas
Em sinfonia de ventos frios
Dá-me uma porta sem trincos
Um portal
Que possam atravessar por ele, meus sentimentos
De como ia brincar no quintal
Dá-me um tempo
Que não deixe o amanhecer
Arrancar-me desses braços
Do sonho, da madrugada
Da brincadeira
Do pouco que é meu