quinta-feira, 30 de maio de 2013

Alvorada





Me liberta...
Dessa coleira dos dias
Desses dias de cólera
Que não me suportam esse costume meu

Me dá o tempo
Da vida desacostumada
De cores sem formas
De pedra e folhas verdes

Vida entre as ruínas
Heras retorcidas
Laureando colunas rotas
Em sinfonia de ventos frios

Dá-me uma porta sem trincos
Um portal
Que possam atravessar por ele, meus sentimentos
De como ia brincar no quintal

Dá-me um tempo
Que não deixe o amanhecer
Arrancar-me desses braços
Do sonho, da madrugada
Da brincadeira
Do pouco que é meu









Um comentário:

Anônimo disse...

Perfeito! É incrível como poemas e músicas trasmitem sentimentos que podem ser idênticos ao de outras pessoas. Lindo!!