no pouco uma mão desenha o vento
com dedos longos, inseguros
no imenso céu, plana o dia
acariciando teu ventre vazio
onde vaga o pensamento esquivo
sem o pousar leve da memória
e pode decidir por qualquer caminho
sem que o acaso afronte
sem que um canto desperte a terra
sem o reencontro dos pesos sensíveis
que ensaiam a inexistência
desesperadamente nus
silentes...
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