"Ele morava na mesma rua"
E ela tão nua e deserta
Tão suave como as curvas dos trilhos
Ébrio, em desalinho, comigo
Cada esquina é um caminho
Dando voltas de canção
Encontro muita gente
E sou livre, como um cão das ruas
Um coração sem dono
E pulso no peito da cidade...
Não é preciso amar
É preciso viver como as ondas que marejam o Danúbio
É preciso saber morrer como as folhas desta estação
Sim, é preciso cultivar
Amar não
É preciso encontrar a perdição
Ter estômago
aceitar a razão dos atos
Desvendar a feição das cenas
Matar a personagem e descobrir o autor
É preciso saber a dor
É preciso saber a dor
Morder a maçã e saber o gosto da abóbora
Mas, já são 10:35, minha carruagem vai partir
Mas é preciso guardar o encanto
O enquanto
Voltar e rir
Quando lembrar
Quando lembrar
Quando partir...
(Linz, 24/08/07)
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