Minha solidão abarca meus segredos
Fico a derivar meus motivos por úmidos caminhos
A matar minha sede com espinhos verdes e flores secas
Como hélices de moinhos de Van Gogh
Sim, agora o deserto, com versos de vento e areia,
Me afoga com o raso e o profundo,
Com o azul e o sol.
Me findo contemplando pipas fecundando nuvens
Sem saber voltar ao chão
Aves sem patas na apologia das distâncias
No limite do carretel
E na redenção da noite,
No ensaio polifônico das bocas malditas
No apedrejar de líguas à humanidade
O resgate tácito do sensível pelas sombras e olhares
Entrepoemas,
Manifesto canto
Livro, copo e fim.
2 comentários:
Sedosa e fluida a melodia daquela noite. Puro silêncio entre o corpo e a página.
E RECOMEÇO...
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