sábado, 18 de fevereiro de 2012

Ainda



Ainda é cedo
Quem sabe?
Quem sabe se cedo é acordar ou ser acordado
Quem sabe se não é medo confessar...

Quem sabe se ainda é morna a água desse rio
Se dele saindo sinto frio
Se na tarde o por-do-sol se deita nessas águas
E o meu corpo flutua
Como se o rio me dera asas...

Quem sabe agora sou ave...

Quem sabe sou apenas
Uma dúvida a naufragar poemas

4 comentários:

Anônimo disse...

Galgar os montes,declinar os cumes
Para contemplar a paisagem do Eterno Rio!
E no mergulho em suas águas sentir-se o vero homem: inteiro e seu!
Deixar que aqueçam em seu coração breves dúvidas de dias ululantes...
reflexos serão apenas
das correntezas supremas
do Rio do Tempo, que a tudo lava e leva rumo ao sonho eterno do Eterno Mar!

João Omar disse...

O rio
vento lento
meus braços de moinho
só sabem o meu contrário

E o pensamento é ponte
que não sabe nadar
e o nada
sabe ser a minha fonte

Anônimo disse...

Sobre tudo Ícaro empreende seu terno vôo, a tudo contempla, e sobre tudo plana...
Quão imenso é o rio que emanas! O pensamento cuja nascente se desconhece e do nada, feito tudo, tranparece ainda uma sede assim...tamanha!

Anônimo disse...

Nossa!!! Que profundo... Há quem diga que devemos por freios em nossos pensamentos. Mas, por quê não refletir sobre eles?