Velhos livros
Tanto tempo fechados
O tempo de uma vida
Silenciosos
Esbeltos como templos
Em ruínas como o eterno
Somos tão fechados quanto os livros
Estante da infância
Muro dos conhecimentos
Corredores mágicos onde me escondia, em miniatura
Onde se escondiam meus personagens
Entre esses imensos blocos
Que agora vejo
Me assustando reconhecer seus nomes
Quando nem sabia ler direito
Mas sabia brincar com eles
E me arrancam do tempo
Apenas em vê-los
Sem que seja preciso nenhuma palavra...
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