Que é do amor para os que sofrem no corpo?
Amarga o doce das palavras
Os raros requintes não pintam cores de horror aos que padecem?
Não será inútil a beleza?
Talvez...
Ainda que não possam saborear o beijo, os que tem fome
Nem saber o belo, diante de uma perda imensa
Mesmo assim, importa ao espírito ir além...
Banhar o corpo num rito solene, mísero, mas verdadeiro
Ainda assim importaria dizer
Que "viver não é pobreza"
Que é preciso invadir a ferida e corromper os sentidos
Trair a fatalidade
Com um amor doentio
Sempre a proclamar a vida...
Nenhum comentário:
Postar um comentário