Queria te tocar
Com o indecifrável dos meus sentidos
Que não transpõem do corpo para um além imaginário
Tocar com um silêncio de escultor
Com a entrega das mãos que mergulham no barro
Como mãos de cozinheira
Tão rudes a preparar o sublime
Sem saber como tocar o próprio rosto
Queria deixar minhas mãos leves
Lentas como o azeite
Para te alimentar dum calor sadio
Como criança que só sabe o mais perto
Inteiramente nua para receber a primavera
Com o intenso dos odores
O brilho em sua pele
E banhar-se inteira
Depois adormecer...
6 comentários:
Que poema tocante! Adorei mesmo!! Tão bem feito! Parabéns! Beijo Yri Maya
Nossa, João, que lindo!!! Muito lindo!!!
Nossa!!! Emocionante... Ler estas palavras fez-me refletir quão importante e significativo é um toque capaz de fazer extremecer, ouvir, sentir.
Lindooooo...! Meu amigo, você realmente me tocou com estas palavras, rsrsrs.
Respirar na memória da pele. olhos que passeiam. molhe os lábios e a boca.Cultue os sentidos
Me encontrei nesse poema!
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