quarta-feira, 15 de julho de 2015

immobile






correnteza...

sem mar, nem rio
ou ventania para as represas

folha despencada com seu peso do mundo
cortando o invisível em revirada
outono desgovernado

cortina leve e cinza
de nuvens sem forma
suspiro inquieto

estrada cega
nem peixe nem barcarola
pela campina de ventre aberto

se eu soubesse essa dança
a folha seria asa
para ir ao canto desesperado
e o vento, sei que seria todo meu sentimento





















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