segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Da Gaiola para o Quintal...

Tão esperada, que aqui esteve,
Como Zéfiro, alento da natureza,
Deixando um rastro de luz que espraia...
No silêncio de minha harpa, chispou um acorde em tom menor...
Com o tanger leve de sua asa...
Até mesmo o pássaro que já dormia, despertou querendo cantar...
Foram os cachos de fogo da moça que passou,
E no teu voo anelado, da cor do dia
foi tão encantado! Por isso cantou,
O pássaro do sonho acordado
Que nunca voou...

A Donzela e a Brisa

Mansa e leve, a brisa
que tão indiferente desliza,
nos traços daquele belo rosto,
Sereno e sonhador...

Quem dera fosse o vento as minhas mãos
e como asas, abanasse
a donzela que adormece...

E fossem os meus olhos, eclipses da lua
que te contemplasse nua,
Vista da janela...

Naquele corpo, deserto
Se as roupas,como acampamentos,
guardassem ternos meus tormentos,
Na tenda de seda cor de céu,
Seriam eles sonhos teus,
Tendo os desejos todos meus cobertos...