sexta-feira, 25 de junho de 2010

Uma resposta segura, para quem flutua em "desequilíbrio"...

É como me disse um sujeito lá na feira de Juazeiro do Norte, que me chegou parecendo um Zaratustra, um Conselheiro, enquanto eu almoçava num barraco daqueles, dizendo: "Deus fez tudo aos inverso. Tudo ao contrário. Quando agente pensa que vem, agente vai. Quando agente pensa que grande é as coisa grande, é as pequena qui são..." e assim por diante.
O desequilíbrio é como visitar as dimensões divinas.
Artistas são os que se arriscam em desequilíbrios num movimento que busca condensar um pouco de algo inapreensível que parece ser dum plano divino. Substância ou estado dimensional além, e ao mesmo tempo presente no ser que é uma ponte e não um termo.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Jackson do Pandeiro

"Quando criança, ouvia muito Jackson do Pandeiro nos altos-falantes da feira de São Bento. A música dele é a trilha sonora da minha infância, tem cheiro de fumo de rolo. Talvez eu tenha sido o músico que mais se aproximou de Jackson no fim de sua carreira. Viajei o Brasil inteiro com ele em 1977, com o Projeto Pixinguinha. Depois dessa excursão, fiquei deslumbrado e resolvi compor o meu primeiro forró: Coração Bobo. É uma pena, hoje em dia, ele não ter sua obra reconhecida como Luís Gonzaga. O Jackson era menos articulado, ingênuo... Não soube fazer os contatos que o mestre Lua fez. Costumo sempre dizer que o Gonzagão é o Pelé da música e o Jackson, o Garrincha." (Alceu Valença)