sexta-feira, 9 de novembro de 2012

sinos





Ainda ouço os sinos
não aqueles das cidades de Minas
aos ouvidos de Drumond
e das beatas que neles se consolam
na solidão da fé
na chama que eles acendem n´alma
caminhantes pelas ruas de pedra
na villa da serra

Mas ouço aqueles pequeninos
que não deixam, no mato e na mata
perdidas as cabrinhas
as teimosas que insistem em novos caminhos
nas alturas e nas lonjuras
onde as gardênias se escondem
do destino de jarro
sem sair do lugar

Ou serão os sinos como flores
com pétalas de sons
ornando a esperança
pontuando como botões que afloram
num compasso de desejo
um dia cor
num outro a dor
um dia chamando
noutro um adeus...

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom..e propõe a nostalgia, ao menos em mim.

Beijos.