quinta-feira, 15 de maio de 2014

Potes de barro





Tenho medo da palavra
Quando sei que não está comigo
Quando sei que não é ela
Quando é oca feito potes de barro

Medo também das que pensam e moldam sentidos
Em caminho seguro, conhecido

Prefiro o descuido
Da que sai errante e sem endereço
Andando em círculos
Cavando uma boca
Procurando uma voz
Ou escondendo secretamente as causas

A que atropela a boa educação
E madorna a escrita com única vontade
De aliviar do cerco do que não tem língua

Tanto prefiro as que tem sons
Para soarem como orquestra
Indecifráveis...

Ainda mais as que transbordam, até secar a fonte
Para sentir nova sede
E chover de novo a vida






Um comentário:

Anônimo disse...

LINDO! Sempre achei que quem escreve ao publico é corajoso, pois estão sujeitos às críticas e aos elogios.
As palavras podem ter vários sentidos e despertar sentimentos diferentes em pessoas diversas.
A00 interpretação vem de acordo com a experiência de vida ou o sentimento atual/momentâneo de cada leitor.
E aí está a mágica!
Quando leio algo, fico pensando qual contexto, qual o sentimento do escritor quando expõe seus pensamentos.
Continue a escrever, mesmo que existam pessoas que interpretem de forma equivocada, mas não os condenem. Apenas observe o sentimento que VOCÊ despertou neles...
Já percebe que não tenho a coragem que VOCÊ tem, rsrsrsr...