terça-feira, 19 de agosto de 2014

Corpo e alma






não há silêncio no silêncio
se ouvimos seus passos de pausa em tempo andante
se o tempo vibra um sonho mudo
enquanto se espera a canção
para invadir carinhosa os ouvidos cansados de tantas palavras
essas frestas por onde tentam escapar em fuga
as coisas escondidas
tão certas como o olhar de um cão
que agora permanece quieto
bicho estranho
com seus instintos presos
esperando na curva de um dia
o uivo da palavra presa em seus caninos
a calma do que é vivo
e um sol quente na manhã fria











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