quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Terna






bela vida
que nos dá, nos tira
sem discutir
sem uma voz da vida
que pudesse dialogar antes

ela chove sempre...
quem poderia parar de repente uma chuva?
pois ela não tem o verbo acabar
e essa é a permissão de tudo existir
os fins, os meios e os princípios
muitos deles

por isso é preciso achar o tempo dessa valsa
e dançar com ela
girar com ela
assim o corpo repousará em seus braços

apenas os que sofrem é que estão sentados
enquanto a música toca
enquanto não percebe a bela
tranquila e prestes aos passos

a via é bela
é terna

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