domingo, 22 de julho de 2012

Casmurro






sustenta...
um tempo de pedra
um muro de grandes vazios
sempre a imaginar o outro lado
sempre a tocar suas paredes
onde possa desenhar seu nome

aguenta seu olhar que recua
e esquece teu retrato de criança
visita esse campo que se esconde
no pó da estrada
repara tua fera
a ira é um canto de saudade
lembra...





2 comentários:

Anônimo disse...

Os muros da infância jamais cairão, mesmo quando rompemos os portais para atravessarmos os campos, levantando o pó da estrada, a fera que tantas vezes nos feriu espia do recôndito da alma.

João Omar disse...

Nossos pensamentos estão em ruínas