segunda-feira, 23 de setembro de 2013

à Ramos Rosa






Inevitável...
Tudo que é para sempre
E o que sempre se finda, eternamente...
A vontade de apalpar as nuvens
De parar um pouco o pôr-do-sol, róseo e quente
Como ficar na água morna do rio um pouco mais
Antes de tremer com as estrelas
Ou ranger com os grilos em seus cristais de sons
Inevitável é dissolver-se na terra
Como a estação das águas
Inevitável o esmaecer das flores no campo
A estiagem
E o fechar das pétalas dos botões dos olhos
No inevitável sono do poeta...






Um comentário:

Anônimo disse...

Inevitável é a transformação.
Como já disseram algum dia: "a eternidade existe enquanto durar".
Na vida existem opções: pode-se escolher sofrer ou ser feliz.
A amizade é o mais lindo dos sentimentos, pois está presente em todos os relacionamentos.
As flores podem esmaecer e até cair, mas outras nasceram em seu lugar.
A estiagem um dia passa.
As águas penetram na terra dando origem a rios que desaguam no mar.
Não se pode apagar o que se viveu, mas pode-se transformar a maneira e a forma de ver, sentir, ouvir, falar e viver
A morte é inevitável, mas pode não ser o fim e sim a transformação.
O poeta dorme, mas pode acordar renovado...
Nada ocorre por acaso. Tudo tem sua razão de ser.
A transformação que gera a felicidade e o bem estar só depende de cada um de nós, assim como as verdadeiras amizades.
Afinal, "Tu és responsável por aquilo que cativas"...