Dois Tons
Tem uma moça que é leve feito uma pluma
Mas não tem pena de quem a vê
Castiga sem dó aquele seu sorriso
Quieto querendo se esconder
Sei de uma nuvem que é só dela
Como a vela dum barco no imenso mar
Que ora chove, ora parece pintura
Que esconde o sol e veste o luar
Ela some, ela vem à minha janela
Como flor abrindo seus botões
Breve ciranda faceira
Meninas dos olhos de dois tons
Se muda seu tempo, sai de baixo
Perigoso raio de olhar peregrino
Mas se se acalma, é doce e mansa fera
É sorte de quem se desespera
É norte e sul
Perdição e caminho
Paz e tormentos
Rosa dos ventos
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