domingo, 24 de março de 2013

Soledad




Enfim à sós com o inesperado, com o tempo e mais umas coisas poucas para o caso de precisar delas.
Insisto com este corpo irreversível. Máquina experimental de uma vida inquieta
descascando todas as fotografias até chegar na semente
solamente...

e tantas lembranças flamulando como bandeirolas num dia de festejo.
Incontáveis e sem que eu possa sabê-las por inteiro.
Mas as sinto como numa rua, numa praça de interior. Meu interior, minha vida....
festejo a vida com as ruínas e as plantinhas verdes brotando nelas
Com o olhar das janelas, com as luzes na noite e o brinco de estrelas que não sei o nome
e canto...

Um gole e uma canção pra saber que a solidão não pertence a apenas um
Ela nos iguala, nos diminui, nos torna mais humanos, humanamente inspirados ás cantigas
Para passar os dias todos e cada dia inesperado
Pra resistir, pra permitir um sorriso
pra voltar e esquecer que não somos para sempre...
solamente...




2 comentários:

Unknown disse...

Eu e Clarice.Leituras solitárias.Você e o tempo. Só. Sós.
De Clarice: "Amor será dar de presente um ao outro a própria solidão?
Pois é a coisa mais última que se pode dar de si."

"Soledad" um diálogo possível. Teus escritos, tua fala.

Anônimo disse...

SOLIDÃO, SAUDADES...FAZ PARTE DA VIDA, SENTIMENTOS NECESSÁRIOS PARA NOSSO CRESCIMENTO...